No último sábado (25) foi sancionada, na cidade de São Paulo, lei que troca o nome da Rua Doutor Sergio Fleury, torturador e símbolo da repressão no regime militar, por Rua Frei Tito de Alencar Lima, frade dominicano perseguido e torturado durante a ditadura de 1964 a 1985.

A mudança se impõe como um símbolo nas lutas de ontem e de hoje. É uma vitória da democracia e da civilização contra a barbárie dos assassinatos e a tortura da ditadura, mas também contra o atual presidente e seu desgoverno.
Um presidente troglodita que elogia torturadores e despreza a vida de centenas de milhares ao transformar a compra de vacinas em uma negociata e prepara um golpe contra a democracia.
Após longos oito anos em tramitação, o projeto de lei permite a reparação histórica não apenas a Frei Tito, como acaba de acontecer, mas também a outras vítimas de tortura e assassinatos, cujos nomes substituirão outros nomes da mesma estirpe de um Fleury.
A proposta inicial de alteração do nome foi do então vereador e hoje deputado federal do PCdoB, Orlando Silva, e contou com apoio de seu colega de sigla, Jamil Murad, além do vereador Antônio Donato (PT), da ex-vereadora Juliana Cardoso (PT) e dos ex-vereadores Alfredinho, Arselino Tatto, Reis e do vereador Toninho Vespoli (PSOL).
Sabemos que ainda há muito por transformar, mas desta forma o país vai passando a limpo sua história e deixa claro: eles não vencerão. A história que permanecerá não será aquela contada por ditadores, torturadores e outros filhos do atraso. A democracia vencerá.
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Para saber mais: A história de Frei Tito está lindamente documentada no livro “Batismo de Sangue”, de Frei Beto, que também virou filme – com o mesmo título – com o ator Caio Blat como protagonista.